POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS
Raymond Queneau – por de Jean-Max Albert
RAYMOND QUENEAU
( França )
Raymond Queneau (Le Havre, 21 de fevereiro de 1903 — Neuilly-sur-Seine, 25 de outubro de 1976) foi poeta e escritor francês.
Nascido em Le Havre, Normandia, Queneau foi único filho de Auguste Queneau e Joséphine Mignot. Ele se formou em 1919 em latim e grego e depois em 1920 em filosofia, estudou na Sorbonne (1921–1923).
Queneau fez seu serviço militar na Argélia e em Marrocos nos anos de 1925–1926. Queneau teve seus trabalhos editados pela Gallimard, editora dos vanguardistas franceses, onde começou como leitor em 1938 e depois secretário geral. Trabalhou também na Enciclopédia la Pléiade em 1956.
Entra no grupo surrealista Collège de ‘Pataphysique em 1950, onde se torna satrap e foi eleito para a Académie Goncourt em 1951, Academia do Humor em 1952. Foi também juri do Festival de Cinema de Cannes 1955–1957.
Como autor Queneau se destacou na França com a publicação de seu romance de 1959 Zazie dans le métro e com sua adaptação para o cinema do filme dirigido por Louis Malle em 1960, um dos expoentes da Nouvelle Vague. Zazie explora a linguagem coloquial se opondo ao linguajar do francês escrito na época.
'Si tu t'imagines' é uma canção composta por Queneau tornada popular na versão de Juliette Greco.
Um dos seus mais importantes trabalhos é Exercícios de Estilo, que conta a simples história de um homem que conta sua experiência vendo um estranho duas vezes no mesmo dia. O que torna esta narrativa singular é que ela é contada de noventa e nove formas diferentes, demonstrando uma enorme variedade de estilos na qual a contação de história pode ser feita.
Queneau foi enterrado com seus pais em Juvisy-sur-Orge, em Essonne nas cercanias de Paris.
Queneau e os Surrealistas
Em 1924 Queneau se junta aos Surrealistas, mas não adota seus métodos de escrita automática ou suas posições políticas. Como muitos surrealistas, ele fez psicanálise, mas não para estimular sua criatividade. Queneau questionou o apoio que os surrealistas deram ao estado soviético em 1926. Em 11 de março de 1929 Queneau foi secretário de um encontro dos surrealistas onde se discutiu Trotsky e, em 1930, junto com Crevel, Paul Éluard, Louis Aragon e André Breton tornou-se membro do partido comunista francês, como parte da oposição de esquerda internacional. Queneau também participou de Un cadavre em 1930, um veemente panfleto anti-Breton escrito junto com Bataille, Leiris, Jacques Prévert, Alejo Carpentier, Jacques Baron, J.-A. Boiffard, Robert Desnos, Georges Limbour, Max Morise, Georges Ribemont-Dessaignes, e Roger Vitrac.
Poesia
Chêne et chien (1937), ISBN 0-8204-2311-4; Les Ziaux (1943)
L'Instant fatal (1946); Petite cosmogonie portative (1950)
Cent Mille Milliards de Poèmes (1961) Le chien à la mandoline (1965)
Battre la campagne (1967), ISBN 0-87775-172-2
Courir les rues (1967), ISBN 0-87775-172-2
Fendre les flots (1969);Morale élémentaire (1975)
Fonte da biografia: Wikipedia
TEXTS EN FRANÇAIS - TEXTOS EM PORTUGUÊS
COYOTE – REVISTA DE LITERATURA E ARTE. No. 20. Curitiba, PR: KAN EDITORA, 2010. Editores: Ademir Assunção, Marcos Lesnak, Rodrigo Garcia Lopes. Ex. bibl. Antonio Miranda
Tradução de SOFIA NESTROVSKI
TEXTS EN FRANÇAIS
Dans láutobus / dans l´autobon / l´autobus S / l´autobusson
que dans les rues / qui dans les les ronds / va son chemin
à petits bonds / près de Monceau / près de Monçon / par un
jour chaud / para um jour chon / un grand gamin /
au cou tropo long / porte un chapus / port un chapon
dans l´autobus / dans l´autobon//
Sur le chaus / sur le chapon / y a une tresse / y a une tron
dans láutobus / dans l´autobon / et par diassusse / e par diasson
y a de la presse / et y a du pron / et le gran gamin /
i râle un brin / i râle un bron / contr un lapsus / contre un lapon
dans l´autobus / dans l´autobon / mais le lapsus / mais le lapon
pas commodus / pas commodon / montre ses dents /
montre ses dons / su l´autobus / sur láutobon / et grand gamin
au cou trop long / va mett ses fesses / vamett snon fond /
dans le bus S / dans le busson / sur la banquette / pour les bons cons
Sur la banquette / pour les bons cons / moi le poète / au gai pompon
un peu plus tard / un peu ples thon / A Saint-Lazare / à Saint Lazon
qu´est une gare / pour les bons gons / je rvis lgamin /
au cou trop long / et son paradingue / et son parading /
et son paradong / à un copais / a copon / pour un boutus /
pour un bouton / vous ne voyez / les yeux tout ronds / le gran gamín / au cou trop long /met son chapus / et son chapon/ et sons boutus
et son bouton / dans l´autobus / dans l´autobon / l´autobusd S
l´autobusson
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Página publicada em novembro de 2021
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